Escândalo no escândalo: bispo é acusado de pedofilia e enviado do Vaticano é acusado de assédio sexual
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Tradução: Residuum Revertetur
Pela primeira vez o Vaticano poderia condenar e reduzir ao estado laical um alto prelado, Dom Apuron, acusado de molestar coroinhas na década de setenta.
Pela primeira vez na história, o Vaticano poderia condenar um bispo acusado de pedofilia: se for considerado culpado, pode ser reduzido ao estado laical, sofrendo a penalidade mais severa imposta a um religioso por parte da Igreja. Está para terminar o processo contra Anthony S. Apuron, 72 anos, arcebispo de Guam, uma ilha do Pacífico. Apuron era, talvez, o homem mais poderoso da ilha: “ter problemas com Apuron significava ter problemas com Deus”, disse um de seus acusadores.
As normas canônicas são claras: somente a Congregação para a Doutrina da Fé pode investigar arcebispos e bispos, por isso o processo deve ser realizado em Roma. As normas foram reforçadas, a proteção das possíveis vítimas, sob o pontificado de Bento XVI, mas também são seguidas pelo Papa Francisco. No momento, não se sabe o estado ou o momento do procedimento, o que terá consequências exclusivamente sob o ponto de vista canônico e não civis, ou seja, não comportará em uma pena de prisão contra o arcebispo. A conclusão do processo estava à espera para o início do verão, mas parece que os tempos foram estendidos.
O Arcebispo Apuron, que ainda está à frente da Arquidiocese de Agana embora o Vaticano já o privou de todo poder de fato, deve responder a dezenas de acusações de estupro e abuso sexual de coroinhas, ocorridos principalmente nos anos setenta. Há mais de cem casos denunciados até agora em Guam, uma ilha com cerca de 180 mil habitantes, onde 85 por cento da população é católica concentrados em 26 paróquias. A Igreja Católica, portanto, tem um enorme poder na ilha pacífica. Quatorze religiosos estão envolvidos em acusações. Até agora o Arcebispo Apuron negou qualquer envolvimento pessoal, dizendo não a qualquer hipótese de acordo com as supostas vítimas ou transação em muitos casos civis que lhe dizem respeito.
Nos últimos meses, o papa Francisco enviou a Guam o Cardeal Raymond Leo Burke para realizar as investigações. É claro que o resultado do processo canônico afetará grandemente na condução dos casos civis que, na realidade, vão muito devagar, porque um juiz após o outro, em um território tão pequeno, teve que desistir de presidir o corte por ter laços diretos com a Arquidiocese, com o arcebispo ou com as vítimas.
Seja qual for a conclusão do julgamento, o monsenhor Michael Jude Byrnes, que está substituindo Apuron em suas funções, já explicou que é impossível que este último volte ao comando da Igreja de Guam. “Seria um desastre”, disse ele, referindo-se ao fato de que agora o dano da imagem da Arquidiocese cresceu para o tamanho enorme. “Estou convencido — continuou — que a arquidiocese vai deixar de encontrar a paz até que fique claro que Apuron já não é mais o bispo.” Na verdade, as tentativas do Vaticano de remover Apuron não tiveram sucesso: em Roma se reivindica que haja uma condenação formal antes de forçá-lo a renunciar.
Escândalo no escândalo
Allegations Of Sexual Harassment Against Sioux Falls Priest
What Happened Next To Fr. Wachs?
Leitor Contra-Revolucionário
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